15 janeiro, 2011

Chuva de Verão

Você viu a chuva de ontem à tarde?
Ela me fez pensar...
Na minha vida e na sua.
Ontem foi mais um belo dia de verão, decorado de luz, calor, cores...
Borboletas vadiavam por entre flores de todos os matizes e passarinhos cantarolavam, rasgando os ares.


Mas, de repente, nuvens escuras borraram o azul do céu e grossos pingos dágua surgiram dispostos a encerrar o espetáculo da Natureza em festa.
O ar se fez abafado, o sol se perdeu nas nuvens, as flores desbotaram na sombra, as borboletas se esconderam... Mas, curiosamente, estranhamente, notei que os passarinhos, refugiados nas copas das árvores, continuavam cantando!
Quantas vezes, diante dos obstáculos naturais da existência,
nós nos estendemos em longas lamentações
ou num desânimo inútil e nocivo?...
Ou nos perdemos a maldizer a vida,
a reclamar da sorte, a condenar a Deus?...
Abafamos o calor do nosso sorriso num semblante marcado, triste, destrutivo e auto-piedoso.

Esquecemos entre as nuvens o sol da esperança, desbotando a própria personalidade nas sombras egoístas do

Por que comigo?

Quando deveríamos entender que estamos na vida para vivê-la, fruindo suas alegrias, mas também passando por seus tropeços.

Passando por eles, não estacionando neles!
Bom seria que encarássemos a vida como as aves: percebendo os seus obstáculos como chuvas de verão!

Entendendo que, mesmo escondido entre nuvens espessas, o sol radioso - esperança de dias melhores - continua a brilhar, inatingível!
E que, mesmo que a chuva abençoada das privações nos impeça, por hora, os passeios habituais, convidando-nos à viagem para dentro de nós próprios, mais tarde tudo se modifica, o sol volta a reluzir, as borboletas ressurgem e a vida nos chama a vôos mais altos!

Saibamos então cantar nos momentos chuvosos
como nas tardes ensolaradas...


Aprendamos que dificuldade é aprendizado, sofrimento é prova e
dor é oportunidade de crescimento...

Depende de nós!

Cantemos à vida, sempre !

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